domingo, 29 de julho de 2018

(des)pedaço

Há dias assim,
Em que pedaços de mim
Se arrancam à bruta
E me deixam nesta gruta.

Despedaçado ando por entre os mais completos
Ou que o finjem ser, como eu.
Secalhar andamos todos incompletos
Repletos de máscaras que a dor nos deu.

Sempre que me despedaço
Morro e um luto acontece.
Mas neste, o de agora, fracasso,
Porque nunca mais se desvanesse.

E para que se (des)vaneça
Não sei o que tenho de fazer.
Vou escrevendo, para que a cabeça
Não rebente de tanto doer!

E eu que pensava que não era amor.
Era! Camuflado naquilo que não era.
Agora esclarece-se na minha dor
Ou nos pensamentos que a dor gera!

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