Há dias assim,
Em que pedaços de mim
Se arrancam à bruta
E me deixam nesta gruta.
Despedaçado ando por entre os mais completos
Ou que o finjem ser, como eu.
Secalhar andamos todos incompletos
Repletos de máscaras que a dor nos deu.
Sempre que me despedaço
Morro e um luto acontece.
Mas neste, o de agora, fracasso,
Porque nunca mais se desvanesse.
E para que se (des)vaneça
Não sei o que tenho de fazer.
Vou escrevendo, para que a cabeça
Não rebente de tanto doer!
E eu que pensava que não era amor.
Era! Camuflado naquilo que não era.
Agora esclarece-se na minha dor
Ou nos pensamentos que a dor gera!
domingo, 29 de julho de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
(des)feito
Quem aguenta?
Perder dois pedaços do peito,
E tê-lo desfeito
Numa poça sangrenta?
Quem aguenta?
Diluir a poça em choro?
Lágrimas do meu corpo
Que assim se lamenta.
Quem aguenta?
Vê-lo assim a bater
Apenas para sobreviver
Enquanto se rebenta?
Se alguém aguenta,
Que me ensine, eu peço!
Porque a dor que eu meço
Não pára, só aumenta!
Se alguém aguenta,
Tenho pena por isso
Por tamanho crucifixo
Que pagas como renda!
Nesta vida a dor é certeza
E assumi-la não é fraqueza.
Que se não soube viver contigo,
Sem ti, ainda, nem sei se vivo.
Perder dois pedaços do peito,
E tê-lo desfeito
Numa poça sangrenta?
Quem aguenta?
Diluir a poça em choro?
Lágrimas do meu corpo
Que assim se lamenta.
Quem aguenta?
Vê-lo assim a bater
Apenas para sobreviver
Enquanto se rebenta?
Se alguém aguenta,
Que me ensine, eu peço!
Porque a dor que eu meço
Não pára, só aumenta!
Se alguém aguenta,
Tenho pena por isso
Por tamanho crucifixo
Que pagas como renda!
Nesta vida a dor é certeza
E assumi-la não é fraqueza.
Que se não soube viver contigo,
Sem ti, ainda, nem sei se vivo.
quarta-feira, 4 de julho de 2018
(des)alma
Tenho saudades de nós
Dando nós na cama.
Sem desatar porque quem ama
É um rio sem foz!
Tenho saudades da tua silhueta.
De a cartografar na minha mão
E de a manter secreta
Pensando que só os meus labios a beijarão!
Tenho saudades da tua alma
Que partiu e deixou o corpo.
Esse que me tira a calma
Mas que sem alma está morto!
Tenho saudades de ti.
Que partiste e foste sem destino.
Tudo o que vivi, vivi!
Mas sem ti, sigo o meu caminho.
Fica a carne, a pel e o osso.
O resto foste perdendo pouco a pouco.
Dando nós na cama.
Sem desatar porque quem ama
É um rio sem foz!
Tenho saudades da tua silhueta.
De a cartografar na minha mão
E de a manter secreta
Pensando que só os meus labios a beijarão!
Tenho saudades da tua alma
Que partiu e deixou o corpo.
Esse que me tira a calma
Mas que sem alma está morto!
Tenho saudades de ti.
Que partiste e foste sem destino.
Tudo o que vivi, vivi!
Mas sem ti, sigo o meu caminho.
Fica a carne, a pel e o osso.
O resto foste perdendo pouco a pouco.
domingo, 1 de julho de 2018
(des)fénix
Fénix, tu eras minha.
E eu a fogueira que te aquecia
Enquanto a minha chama morria,
Sem saber porque te tinha.
Fénix, cedemos ao que mudou.
Ao que dissemos nunca iríamos ceder.
Acabámos por morrer,
Quando cada um se apagou
Sem o outro o acender.
Fénix que me alimentavas
E que te alimentavas de mim...
Nunca pensei que assim chegasse o fim,
Cada vez que voavas.
Fénix, foram as últimas cinzas?
Serás mais alguma vez o meu fogo?
Outro pássaro... um novo,
A quem darei as boas vindas?
Fénix só existe uma. A minha!
Que te reacendas no meu peito,
Que faças de mim o teu eleito...
Que eu te tornarei rainha!
Só espero que me encontres,
Vinda das cinzas onde te escondes...
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