Cria dor sem precedência,
Amor sem conveniência
Desigual a quem só é vivência.
Quem cria não vive só,
Repleto de rebentos loucos
Imagina dinheiro em pó
Fiquem outros com os louros.
Serve só o prémio máximo
pintura de Magritte |
Ínfimo.
Sem nunca atingir o alvo.
É ver o invisível,
Sentir o inatingível,
Voar dentro da terra,
Sussurrar como quem berra.
Proprietário da sua loucura
Sem responsabilidade,
Por ser escravo da lua
E da sua vontade.
Não tem idade
Nem conta os anos,
Como quem espera sentado
Que estes lhe infrinjam danos.
Revira as regras do jogo
E cria novas, como devem ser.
Afoga-se no fogo
De quem arde sem se ver.
Coisas simples onde se motiva,
Quem cria, vê a magia que não vês.
Que o faz aproveitar a vida
Um dia de cada vez.
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