A certa altura na Carta Sétima, escrita em Roma a 14, de Maio de 1904, lê-se:
..."(...)muitos jovens que amam erradamente, isto é, entregando-se simplesmente(..)"
Eu sou jovem, eu amo erradamente(ou nao se chama amar a isto), e entrego-me simplesmente. Já passaram 108 anos e este homem sabe tanto sobre a juventude de um século diferente, de um milénio diferente. Nada mudou.
Sempre que leio isto, lembro-me de amigos e amigas, juntos, ou já separados, que erradamente estão ou estiveram, que simplesmente se tocam ou se tocaram fisicamente.
Eu hoje acho que mudei, não me apetece tocar só, fingir que amo... Não quero! Se para isso tiver de deixar de ser "juventude" então que seja. Mas adulto também não sou, não quero problemas nem grandes responsabilidades que nem eu me encarreguei de as ter. Mais uma vez, não sei o que sou. Mas sinto que sou algo, só ainda não sei, nem ninguém sabe, o quê. É, talvez, a única coisa a que ainda não deram um nome.
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