sábado, 13 de outubro de 2012

Quanto tempo dura o passado?

    Uma das minhas disciplinas preferidas só a descobri no 12º ano, Psicologia, que trata da compreensão(logos) que temos sobre a nossa "alma"(psyché). Corrija-me se cometo algum erro, senhora estudante universitária de Psicologia.
    Foi um ano de pura descoberta de mim mesmo, naqueles 90 minutos bi-semanários tudo começava a encaixar como peças de um puzzle que nos completa e aprisiona.
    Lembro-me a certa altura de ler Santo Agostinho, que com palavras e frases quase sem sentido foi cravando na minha mente certas ideias que por vezes me saltam à cabeça como se estivessem "organizadas por gavetas no meu cérebro". Lê-mos Sto. Agostinho a falar da nossa memória que é a capacidade de relembrar experiências vividas anteriormente, num tempo posterior. 
    A memória só nos trás o passado.
    O passado é o que já passou, o que já passei. 
    Mas pergunto-me quanto tempo dura o passado? Como tenho a mania que me respondo, e que a primeira ideia que tenho se enclausura na minha cabeça e não sai... Será que o passado tem apenas o tempo de uma memória? E sendo esta apenas sinapses e conexões cerebrais que acontecem em micro-segundos, não será este o tempo do passado?
    Quando eu penso no passado, não passa de memória de um tempo que agora se resume à minha cabeça. Eu resumo todo o meu passado em memórias, em pouco tempo... todo o passado é efémero... assim como o presente, que acabou e agora já é passado... já é memória! 


    Que venha mais futuro, que se transforma em presente, e se encerra num passado supersónico.

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