quinta-feira, 6 de setembro de 2018

(des)istir

Porque é que não insististe?
Porque é que desististe?
E ja tinhas planos pra ti
Sem que o nós existisse?

Dizias tu que amavas?
Pouco mudou para deixares.
E tu que dizias que não mudavas
Bastou respirares outros ares.

Agora não és tu.
Quem eras morreu no caminho
Entre o passado e o futuro
Agora sonho sozinho.

Palavras da tua boca:
"Sou diferente agora"
E a mudança não foi pouca
Perdeste o que te distinguia outrora.

És igual às demais.
Bebida... noite... a vida bohemia
E sempre que sais
Perdes um bocado de matéria.

Da alma que tinhas
Que te fazia gigante
E nessa alma que definhas
Só ficas mais desinteressante

Encontra-te nessas cinzas
Porque o que eras ainda podes viver.
E por mais que me mintas
Eu sei que nunca o deixaste de o ser!

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