Se passar uma gaivota
Lisboa não a nota
De cabisbaixo onde o fado
Está mais triste que no passado.
Oh mar injusto,
Não te bastava dar?
Tiras-te a todo o custo
O poder de sonhar.
Trouxeste o preto contigo
E espalhaste-o na cidade
E como se não chegasse
Cegaste o amor, bandido.
Inundaste o fado
Criaste a doença
Neste povo cansado,
Desolado, sem crença.
Agora só vê o azul infinito
Refletido no mar.
Como se tivesse perdido
A capacidade de se levantar.
Ergue-te!
Está mais que na hora!
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